Commodities do Piauí

O estado do Piauí hoje representa a “última fronteira” em relação a produção de commodities de vários gêneros. Tanto como a nova fronte do MATOPIBA (zona de produção agrícola que engloba os estados do Tocantins, Maranhão e Piauí), como na pesquisa geológica e extração de minérios. Os gargalos logísticos que impediam o desenvolvimento do setor de commodities do Piauí estão sendo passo a passo superados, dado expectativas otimistas para o setor no estado.

A produção agrícola piauiense, concentrada em peso no centro e sul do estado, garante a produção de mais de 3 toneladas de soja e 2.5 toneladas de milho segundo o IBGE (números de 2022). A produção de algodão herbáceo também começa a ascender como opção de entressafra em algumas fazendas, e pode registrar maior produção futuramente. Além dos gêneros produzidos em escala, a agricultura familiar e produtores menores também conseguem abastecer o mercado interno com produções consideráveis de mandioca, arroz, cana-de-açúcar, e vários tipos de frutas (banana, melancia, melão, etc.). Tradicionalmente, o estado também é produtor reconhecido de castanhas de caju e do próprio caju. Além da produção de gêneros alimentícios, a produção de ceras de carnaúba e secundariamente de abelha (além da própria produção de mel, das maiores da região Nordeste) se destacam, ocupando parcela considerável do painel de commodities do Piauí, e colocando o estado entre os maiores produtores destes dois produtos no Brasil.

Na pecuária, segundo números de 2022 do IBGE, havia uma grande produção aviária estimada em mais de 11.000 unidades, um considerável rebanho caprino e ovino de quase 2.000 e 1.800 cabeças cada, e um pequeno rebanho bovino e suíno de 1.400 e 1.100 cabeças cada, principalmente destinados ao consumo interno dado o tamanho do rebanho do estado. No setor de mineração, o Piauí mostra grandes prospectos ao futuro.

Tradicionalmente ligado a extração de pedras semi-valiosas e ornamentais como a opala, a partir de novos estudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), iniciam-se os preparativos para a extração em larga escala de minérios como: ferro, níquel (com prospectos de ser a 2º maior produção nacional do material), manganês, cobre dentre outros minérios em quantidades menores, além dessas mesmas pedras ornamentais e para construção civil, como calcário, brita e granitos. Grande parte desses recursos mineralógicos se concentram também no sul do Piauí.

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